segunda-feira, 1 de março de 2010

STATUS: estou contente porque comprei um livro por 3,50€!

The Wind in the Willows

Nunca fui muito de gostar de fábulas ou histórias com animais. Não me atraíam muito as ilustrações bonitinhas.

Ou algo mudou ou me lançaram algum tipo de praga, ou então sempre gostei destas coisas.

O certo é que acabei agora mesmo de ler os quatro volumes de Le Vent dans Les Saules, uma obra de Kenneth Grahame (cujo título original é The Wind in the Willows) adaptada a banda desenhada por Michel Plessix, e estou absolutamente fascinada.

Fui dar com este livro da forma mais banal de sempre, por entre meias e cheias pesquisas musicais fui descobrir que o nome de um albúm de uma das minhas bandas preferidas tinha sido retirado de um dos capítulos desta obra
1. Por sorte tinha por aqui esta adaptação, que devorei em dois dias e já foi muito tempo.

Esta fixação deu-se pela história que de uma simplicidade infantil é ao mesmo tempo profundamente introspectiva em certos pormenores, quer das relações quer dos efeitos que fluem da coexistência entre os seres. De todos os seres. Também pela empatia que as personagens conseguem ter connosco e com o nosso lado mais inocente, pois esta é uma história infantil (lá bem na superfície).

Quanto ao desenho também achei maravilhoso. Claro que esta é uma observação feita ainda sob o extâse de acabar de ler algo de que se gosta. Mas o certo é que é bom quando os nossos dias se transformam em ânsia de voltar a pegar num livro para ver para que mais ambientes é que este nos pode levar.

E tanto a literatura em prosa, como a poesia como a própria banda desenhada têm a sua forma de o fazer. E não acho, de todo, que a banda desenhada nos force a nada, enriquece-nos apenas. E não tenho medo nenhum de partir, só agora, para a leitura da obra original de Kenneth Grahame, aliás creio que vai ser uma experiência completamente diferente. Nem que seja por esta ter sido uma leitura em francês, que de longe não domino, e da próxima vá ser em inglês, que não dominando sempre é mais acessível (infelizmente, porque deviam ser as duas!).

Anoto ainda que esta obra faz lembrar um pouco a Alice, tão em voga agora. Talvez porque falam à inocência e ao de mais profundo que podemos tirar desta palavra. É realmente interessante ir revendo estas histórias.