domingo, 16 de maio de 2010

Em contextualização...

...desta curta que coloquei no inicio do blog, passo a escrever este texto.

Em 1962, Agnés Varda faz mostrar ao público mais um dos seus filmes. Cheio de inocência, honestidade, realidade e pluralidade, surge Cléo de 5 à 7: a história de uma cantora que espera os resultados de um exame, que poderão determinar o resto da sua vida, e que a deixam a vaguear durante duas horas, que são acompanhadas minuto a minuto pelo espectador.
Ora, segundo a realizadora, este argumento seria bastante cansativo a certo ponto. Por isso, para desanuviar um pouco, decidiu reunir os seus amigos e pedir-lhes que participassem numa curta metragem que iria colocar algures a meio do filme de Cléo. E assim fez, escreveu um argumento sobre um rapaz que devido aos seus óculos escuros via tudo negro, inspirando-se no seu amigo Godard, a quem dizia várias vezes para tirar os óculos escuros, porque estes não deixavam que mostrasse os seu belos olhos, e filmou-o em Paris, mais precisamente na ponte Macdonald.

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